OBESIDADE E ONCOLOGIA
- Sanusvita
- 4 de out. de 2023
- 2 min de leitura
Atualizado: 11 de abr.
A obesidade é uma doença que se torna um fator agravante para outros tipos de doenças crônicas, como: diabetes tipo 2, hipertensão, AVC e doenças cardíacas. Neste texto vamos abordar sua relação com o aumento do risco para câncer, poucos sabem que a obesidade é um fator de risco para 16 tipos diferentes de cânceres, como câncer de intestino grosso, mama, câncer da camada interna do útero (endométrio), dos rins e de um tipo de câncer de esôfago (adenocarcinoma).

O câncer é visto como uma doença genética, mas de acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA) apenas 20% dos tipos de cânceres são realmente hereditários e os outros 80% são oriundos do estilo de vida associado a uma predisposição genética. Esses dados servem para reafirmar que as pessoas obesas são as mais afetadas. Maus hábitos de estilo de vida, como o sedentarismo e a ausência de boas fontes alimentares, podem vir a causar excesso de gordura corporal, fator que torna o organismo bastante inflamado e propício ao surgimento de tumores.
A resistência à insulina é outro fator que conspira a favor do câncer e está atrelada à
obesidade. Esse distúrbio endócrino promove um acúmulo de glicose na corrente
sanguínea, que por sua vez estimula a mitose (proliferação celular). Este processo facilita a propagação de células cancerosas, visto que elas preferem utilizar a glicose ou carboidratos como principal substrato energético.
Portanto, se torna necessária uma intervenção nutricional para pessoas com obesidade, visando a perda de cerca de 10% do peso corporal para melhora dos marcadores bioquímicos e reduzindo os níveis inflamatórios do organismo. É importante evitar o consumo frequente de frituras, carboidratos simples, embutidos, ultra processados e carne vermelha, pois na composição desses alimentos existem elementos carcinogênicos, como as acrilamidas, composto presente na batata frita, que são formadas pela associação do carboidrato com a fritura do óleo vegetal. Sendo assim, é imprescindível uma reeducação alimentar, utilizando boas fontes de carboidratos, fibras, frutas e vegetais.
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